abril 30, 2010

Ética

Comecei esta postagem escrevendo sobre uma determinada aluna, mas aqui não é o lugar para este tipo de mensagem, pois é um espaço público e jamais poderia expor uma das crianças com as quais trabalho, então transferi para meu pbworks esta reflexão...
"Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas ideias e a nobreza dos seus ideais". Charles Chaplin

abril 24, 2010

Grupos?!!!

"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem." Carlos Drummond de Andrade

No início do curso usei esta frase do Drummond em meu pbworks, pois sempre acreditei que devemos promover a integração, a colaboração, a participação... entre os alunos e as alunas. Eu consigo tudo isto formando grupos ou usando as classes dispostas em "U" na sala de aula.Como eu divido a sala de aula com uma colega no turno inverso, todos os anos é uma chateação, pois ela não consegue trabalhar como eu, em grupos. No ano passado eu troquei do segundo para o primeiro ano, a sala faz parte do espaço da educação infantil, lá as mesas são redondas e pequenas, próprias para alunos com seis anos, não precisava "arrumar" as mesas.

Houve uma confusão no início deste ano letivo e eu retornei ao segundo ano e para a minha antiga sala de aula com classes individuais. Mais uma vez a chateação. As senhoras que fazem a limpeza pediram que eu arrumasse as classes diariamente, pois elas não têm tempo. Fui falar com a diretora e esta veio com o argumento de que a colega do turno da manhã estava usando o programa Alfa e Beto, a sala está lotada e ela precisa fazer a avaliação individual e não pode arrumar a sala diariamente. Propus que cada semana uma arrumasse a sala, mas não aceitaram!!! Mesmo eu usando o argumento de que estou fazendo estágio e que o ideal seria usar as classes em grupo, nada feito.

Resultado: todos os dias vou para a escola meia hora antes da entrada para arrumar as classes.



Aqui as classes estão organizadas em duplas. É o máximo que a colega consegue trabalhar em se tratando de agrupamento.






Nesta foto meus alunos e minhas alunas (em grupo) estão segmentando as palavras do jogo do bingo e mostrando o número de letras com os números móveis.

abril 23, 2010

Tempo...paciência...afeto...

Como na semana passada a leitura do livro escolhido era relativamente extensa e eu havia percebido que a dificuldade da grande maioria da turma era em fazer a reescrita da história da Chapeuzinho Vermelho, resolvi começar a semana com a escrita de um texto menor. Após ler a história dos “Dez amigos” de Ziraldo, propus que as crianças fizessem duas listas de palavras, uma com o nome dos dedos da mão e a outra com o nome “popular”, pois na história há esta comparação.

Os alunos que já escrevem conseguem perceber e usar a segmentação das palavras nas frases, mas ainda tem um que não consegue.
Diariamente os alunos e as alunas se ajudam na hora do ditado, mesmo que eu diga que é individual e que devem fazer sozinhos, sempre têm os que copiam ou dos colegas ou do caderno. Para ver como está a escrita, peço que venham ao quadro e escrevam algumas palavras.

O retorno dos pais quanto ao tema foi 99,9% atendido. Somente uma aluna continua não entregando o tema. Sua mãe estava presente à reunião, mas com certeza ela não revisa o caderno da filha, pois mandamos, o SOE e eu, um bilhete para que ela comparecesse à escola e ainda não obtivemos o seu retorno. Vou continuar insistindo... Nas aulas ela tem participado, pois antes ela não fazia as atividades, não respondia aos estímulos lançados por mim, até que na semana passada consegui que ela fosse ao quadro segmentar uma frase do texto. Ela subiu na cadeira (é muito pequena para alcançar no quadro) e eu a peguei no colo para que as crianças conseguissem enxergar o que ela tinha feito. A partir deste dia seu comportamento mudou. Ela me abraça e tenta fazer as atividades, porém ainda com um olhar meio desconfiado.

O momento que as crianças mais gostam da aula é quando elas participam dos jogos e quando tem educação física livre, pois os meninos adoram jogar futebol e as meninas de pular corda, mas infelizmente nesta semana choveu nos dois dias de educação física e nós ficamos a semana toda sem pátio e sem recreio, pois não há espaço suficiente para as crianças brincarem na área coberta.

Fiquei surpresa na segunda-feira após mostrar a história “Os dez amigos” no notebook quando um aluno – já havia feito uma postagem comentando que ele e o irmão não gostavam de ouvir histórias – me falou que tinha um livro parecido com aquele. Eu perguntei se ele queria me mostrar e que trouxesse no outro dia. Na terça-feira o aluno trouxe o livro Pelegrino & Petrônio, de Ziraldo. Mostrei às crianças e todas disseram que queriam ouvir a história. Combinamos de usar na semana seguinte o livrinho.

abril 19, 2010

Presentinho...Presentão

Estava com minha impressora estragada...

Passei a primeira semana de estágio enviando arquivos para a secretária da escola imprimir uma cópia e depois xerocar para os alunos. Na sexta-feira e no sábado aproveitei que estava sozinha em casa, fiz o planejamento e a reflexão semanal e como ainda estava com tempo, fui preparando e digitando as atividades da semana, foi aí que minha cabeça começou a "falhar". Fechei documentos sem salvar, apaguei arquivos - sorte que da lixeira podemos restaurar e o trabalho não se perde. Acostumadíssima a trabalhar no word só podia ser a falta de várias noites tranquilas de sono.

Felizmente quando meu marido e meus filhos voltaram da viagem, me trouxeram um presentão: uma impressora Laser Sansung.

Agora minha "loucura" vai diminuir. Não preciso mais me preocupar em enviar com antecedência os arquivos à escola.

abril 17, 2010

A cabeça não está "funcionando"...

Após dezessete anos trabalhando dentro de uma sala de aula, minha cabeça não deveria estar "pifando"...

Não tenho dormido direito...Preocupação com o estágio... Será que estou fazendo "certo"?

O retorno é tão lento...

Planejar "todo" o material a ser usado na semana em um dia, quase pirei!!!

Já não sabia mais o que estava fazendo!!! Enviar os arquivos a serem impressos, fiz uma confusão! Parei, tomei água, recarreguei a "bateria"...Ufa, terminei!!!

Vou desligar o computador e me "desligar" neste fim de sábado e no domingo.

Na segunda tem mais...

Medo de "errar"...

Agora no início está muito difícil de realizar a atividade da escrita do texto, pois as crianças não querem escrever, querem desenhar para representar a história. Somente dois meninos escreveram toda a história da Chapeuzinho Vermelho e a música. Eu fui a escriba no cartaz.

Durante a semana os alunos e as alunas realizaram atividades de segmentação de palavras nas frases e frases no texto, fiquei preocupada com alguns alunos que não conseguem representar graficamente os números.

Após a turma ir à biblioteca e escolher o livro que iremos trabalhar na semana seguinte (Os dez amigos de Ziraldo) e ler o comentário da professora Neusa na página do Projeto de Estágio tudo se encaixou... Escolher um “tema gerador” e trabalhar a grafia dos números.

Na quarta-feira realizei uma reunião com os pais/responsáveis dos/das alunos/alunas, para orientá-los quanto à realização do tema de casa e a importância do mesmo. Percebi que não tinham o hábito de fazer a tarefa em casa e muitos alegavam esquecimento: de trazer ou fazer. No último dia da semana todos trouxeram o tema.

Na sexta-feira fizemos o ditado das palavras significativas da história e constatei que uma menina copiou as palavras do tema de segunda-feira, que era ligar as personagens da história ao desenho.

Alguns alunos/alunas na segunda-feira estavam com medo de escrever o ditado – alunos/alunas repetentes que têm medo de “errar” – falavam que não sabiam escrever. Na sexta-feira fizeram tranquilamente o ditado. Estavam confiantes de que sabiam escrever.

abril 14, 2010

Papeis: ouvinte x leitor de histórias


Refletindo sobre o desafio que a Tutora Vanessa fez à postagem anterior:

Quando lemos uma historia para alguém precisamos fazer com que ele se interesse e compreenda o que estamos lendo, por isso é fundamental contar a história fazendo as vozes e os gestos.

E o ouvinte só tem que soltar a imaginação...



Quanto a postagem anterior:

Talvez este aluno (dez anos) pense que já está muito "velho" para ouvir historinhas e seu irmão (8 anos) concorda: faz cara feia e "diz que historinha não!!!", mas na aula em que a turma criou o texto coletivo o irmão mais novo participou ativamente da narrativa.

abril 08, 2010

Gosto pela leitura...

A Arquitetura pedagógica que escolhi para realizar o estágio são textos coletivos - reconto de uma historinha, de um gibi ou modernização dos contos de fada - para trabalhar com os alunos e as alunas.

Sempre que pego um livro de literatura infantil para contar uma história, dois alunos (irmãos) um com 8 anos e o outro com 10 anos, reclamam que não querem ouvir.

Pego livros pequenos para não cansá-los.

Como eles são extremamente tímidos, quando peço para contarem uma história se negam.

Estou programando para a próxima semana levar a turma à biblioteca e incentivar estes alunos a procurarem um livro de seu interesse.

Como incentivar uma criança a ler um livro se ela não gosta de ouvir histórias?