junho 27, 2010

Desenvolvimento moral x reflexões

Anomia, heteronomia e autonomia são as três fases do desenvolvimento moral, segundo Piaget.

Anomia: é a primeira fase, a fase pré-moral, natural da criança pequena, egocêntrica, onde as necessidades básicas determinam as normas de conduta e as atividades motoras são centradas na própria criança.

O indivíduo joga com ele mesmo.

Heteronomia: nessa fase a criança começa a perceber o outro, e perceber que a verdade e a decisão estão centradas no outro, partem do outro, no caso um adulto, a regra é exterior ao indivíduo.

Há apenas o respeito à autoridade. Não há consciência, nem reflexão, apenas obediência.

Autonomia: aqui o indivíduo adquire a consciência moral, possui princípios éticos e morais.

Para Piaget um dos principais objetivos da educação é a busca constante da construção da autonomia. Logo, as experiências escolares deveriam ser estruturadas na colaboração, cooperação e intercâmbio de pontos de vista, na caminhada conjunta para o conhecimento. Ele caracterizava "Autonomia como a capacidade de coordenação de diferentes perspectivas sociais com o pressuposto do respeito recíproco".

Uma tarefa difícil, mas não impossível...

Consegui, através das reflexões diárias propostas à turma, que todas as alunas e todos os alunos revissem sua postura no espaço escolar e, a partir daí, trabalhar de forma cooperativa no grande grupo. Pretendo continuar este trabalho até que todas as crianças consigam trabalhar em pequenos grupos, pois acredito que assim irei colher bons frutos no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem e também, no que diz respeito a tolerância e aceitação das diferenças (etnia, raça, gênero, classe social, religião...).

junho 18, 2010

Teatro - palitoches

"Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo..."(ABRAMOVICH, 1997)

Para encerrar o estágio usei o clássico Branca de Neve e os sete anões, as alunas e os alunos da turma "C" modernizaram a história.

Como tem surtido um efeito muito positivo as conversas e as reflexões das alunas e dos alunos sobre seus atos e atitudes e todas/todos têm demonstrado um crescimento significativo, resolvi usar o teatro de palitoches - que aprendi a fazer no terceiro semestre na interdisciplina de Literatura Infato Juvenil e Aprendizagem - para encenar o texto modernizado e suas personagens, no último dia do semestre na mostra de trabalhos da escola.

As personagens foram confeccionadas na quinta-feira e hoje, sexta-feira, ensaiamos um pouco para ver como ficou. Confira abaixo estas personagens, meus alunos e minhas alunas.


ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. [e.ed., 1991], 5.ed. São Paulo: Scipione, 1997

junho 15, 2010

Décima Semana

O estágio supervisionado realizado no oitavo semestre do curso de graduação em Pedagogia à Distância estava previsto para acontecer em nove semanas ou cento e oitenta horas, porém como houveram dois feriados, uma ponte e um dia de conselho de classe na minha escola o estágio teve que ser extendido em mais uma semana, sendo assim, inclui a Décima Semana, pois faltaram um total de quatro dias.

O projeto de estágio que estou desenvolvendo é sobre reconto ou modernização de contos de fadas, músicas e histórias infanto juvenis. Na sexta semana fiz uma enquete com meus alunos e alunas para saber qual a história que queriam trabalhar, ganhou o clássico Três Porquinhos, sendo que Branca de Neve e os sete anões ficou em segundo lugar. Resolvi então, para a última semana de estágio "presentear" as meninas com este clássico, pois elas trabalharam muito bem a Sétima Semana com o tema da copa do mundo de 2010, tema este de interesse exclusivo dos meninos.

Todas as meninas e os meninos da turma C, pediram que eu repetisse o trabalho com Movie Maker feito na nona semana, incluindo as fotos deles/delas na filmagem. Estou pensando em fazer um filme sobre a música dos sete anões. Farei uma postagem sobre este trabalho...

junho 12, 2010

Ninguém = Ninguém

Como eu tenho trabalhado com as alunas e os alunos as questões sobre respeito, cooperação e outras, usei o livro de Regina Otero e Regina Rennó "Ninguém é igual a ninguém" - sugestão da colega Kátia Diehl -, nesta semana. Como eu costumo acrescentar uma música no planejamento da semana, pensei em usar a música dos Engenheiros do Hawaii com o mesmo nome do livro. Usei, mas para que as crianças tivessem interesse em ouvir esta música, que após eu confirmei o que já tinha suspeitado - elas não conheciam esta banda e nem a música - usei o movie maker para fazer o filme com a música e as fotos da alunas e dos alunos.

Esta tecnologia eu aprendi a usar no quinto semestre do curso de Pedagogia à Distância (PEAD) quando trabalhamos com Projetos de Aprendizagem.

No primeiro momento da aula, após as reflexões, distribuí a letra da música digitada e com as linhas numeradas para que as crianças pudessem acompanhar a leitura. Depois da leitura perguntei se conheciam aquela música e a banda. Ninguém nunca tinha ouvido falar...Então disse que tinha uma surpresa pra elas e mostrei o filme no notebook. As crianças adoraram se ver na tela queriam assistir mais e mais. Quando a supervisora/orientadora Neusa Chaves Batista e a tutora Andréa Gallego entraram na sala as crianças pediram para eu mostrar o filme.

Hoje resolvi colocar o filme no youtube para compartilhar com vocês.




Referências

OTERO, Regina; RENNÓ, Regina. Ninguém é igual a ninguém. São Paulo: Editora do Brasil, 1994

Ninguém é igual a ninguém - Engenheiros do Havaí

Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=eLNNG7e6VFs&feature=related>

Acesso em: 05 de junho de 2010

junho 05, 2010

Reflexões

Como os alunos e as alunas estão constantemente em conflito - suas relações sociais não são nada boas - usei o início da aula de quarta-feira para que as crianças refletissem sobre os acontecimentos dentro do espaço escolar.

Foi um momento bem especial, todas as crianças respeitaram o momento em que o/a colega estava expondo o que lhe incomodava. Alguns meninos comentaram que estavam gostando da conversa, pois ficam muito aborrecidos com as coisas que as meninas falam para/sobre eles.

Usarei este recurso diariamente para que consiga, assim, manter as crianças em harmonia, pois acredito que estes aspectos de colaboração, participação e respeito influem diretamente na aprendizagem das crianças.

junho 04, 2010

Ninguém é igual a ninguém

Na aula presencial do dia 02 de junho, quarta-feira passada, conversando com a colega Kátia Diehl a respeito dos conflitos que acontecem em minha sala de aula ela sugeriu que eu trabalhasse com a história "Ninguém é igual a ninguém" de Regina Otero e Regina Rennó.
Aceitei a sugestão e irei trabalhar na nona semana de estágio.

Acho que estou no caminho certo para sensibiliar as crianças no sentido de aceitação de todas dentro da sala de aula e quanto ao recreio e a educação física, onde meus alunos e minhas alunas dividem o pátio com as outras turmas, desenvolvo reflexões diárias sobre as questões de violência e dou sugestões de brincadeiras que podem ser usadas nestes espaços.