setembro 21, 2009

Currículo Integrado

De que modo nós relacionamos a "fragmentação dos processos de produção (Taylorismo & Fordismo) e a cultura escolar"? Qual a relação entre as novas necessidades das economias de produção flexível com o sistema escolar?

Ao analisarmos a fragmentação da cultura escolar, percebemos que as filosofias taylorista e fordista reforçam os sistemas piramidais e hierárquicos de autoridade, visando formar sujeitos acríticos, que sirvam apenas para manter e sustentar tal organização. Assim como os trabalhadores e as trabalhadoras das linhas de montagens que executavam operações simples e automáticas e não participavam dos processos de tomada de decisões e de controle empresarial. Na cultura escolar aconteceu a mesma situação. Os alunos e as alunas, segundo Santomé (1998) "acumulavam em suas mentes uma sobrecarga de fragmentos sem conexão uns com os outros que só são aceitos baseados na repetição ou na autoridade". Tanto trabalhadores, quanto educandos desenvolviam atividades mecânicas, ilógicas, sem sentido.

As novas necessidades das economias de produção flexível têm uma relação direta com o sistema escolar. Nas palavras de Santomé,

...as numerosas propostas pedagógicas que estão sendo divulgadas por instâncias ministeriais pertencentes ao próprio Governo, que atualmente também está contribuindo com a flexibilização dos mercados de trabalho, adquirem sentido se levarmos em consideração esta interdependência entre a esfera econômica e a educacional


Na produção flexível: descentralização das grandes corporações industriais, autonomia relativa de cada fábrica, flexibilidade de organização para ajustar-se à variabilidade de mercados e consumidores, progamas de formação permanente e reciclagem trabalhista.

No sistema escolar: descentralização, autonomia dos centros escolares, flexibilidade dos programas escolares, liberdade de escolha de instituições docentes.


Referência
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da Modalidade de Currículo Integrado, 1998.

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