abril 02, 2009

Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

Ontem estivemos no polo de Alvorada para a aula presencial da Interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais com a professora Mauren Lúcia Tezzari, as tutoras da sede, Simone Ramminger, Rossana Della Costa, Vanessa Costa e as tutoras do polo, Grace Milcharek e Rosaura Karst






Súmula
Breve análise histórica da educação especial. A LDBN 1996 e a inclusão dos alunos com necessidades educacionais no ensino regular. Avanços na legislação brasileira e as dificuldades estruturais no contexto do ensino no país. Conceitos e princípios pedagógicos da educação inclusiva: principais conceitos; a identificação do aluno com necessidades especiais; o processo de ensino-aprendizagem com alunos com necessidades especiais; as adaptações curriculares de pequeno e grande porte; avaliação, progressão e terminalidade escolar; a inserção no trabalho.

Segundo Arlete Aparecida Bertoldo Miranda*: "As questões teóricas de processo de inclusão têm sido amplamente discutidas por estudiosos e pesquisadores da área de Educação Especial, no entanto pouco se tem feito no sentido de sua aplicação prática. O como incluir tem se constituído a maior preocupação de pais, professores e estudiosos, considerando que a inclusão só se efetivará se ocorrem transformações estruturais no sistema educacional."

Ontem, na nossa aula presencial, ouvindo os relatos das colegas - alunas/professoras, nas conversas entre professores nas escolas públicas e as reportagens na mídia sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais, vi que a angústia é a mesma de todos nós professores: como incluir se na maioria das escolas públicas não há professores e nem serviços de apoio especializado?

É comum termos alunos/alunas com dificuldade de aprendizagem dentro de nossas salas de aula que ficam anos na mesma série e vão para as séries seguintes "empurrados" pelos professores e lá pela 4ª série - sem saber ler ou escrever - acabam saindo da escola, pois não tem mais idade para continuar lá. Na escola onde trabalho todos os casos são encaminhados para uma avaliação e, posteriormente, se necessário, para tratamento. Tem alguns casos que os pais/responsáveis não levam seus filhos/filhas para a consulta. Alegam falta de dinheiro para o transporte. E a criança vai ficando lá, na mesma série.

Esta interdisciplina - única na graduação - é como uma luz no fim do túnel. Espero aprender muito sobre a inclusão e poder fazer a diferença.


*Doutora em Educação; profª da FACED/Universidade Federal de Uberlândia

Um comentário:

Beatriz disse...

Solange querida, estás muito descritiva!! Não te reconheço por trás da descrição das interdisciplinas. Gosto mais qdo falas e refletes sobre as coisas, Que tal?
Um abraço
Bea